Jornalismo e Comunicação
Filho meu, guarda as minhas palavras, e esconde dentro de ti os meus mandamentos. Provérbios 7:1
domingo, 30 de maio de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Um momento de reflexão
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Desembargador será testemunha de jornalista que matou criança em briga de trânsito
O jornalista Agnaldo Ferreria Gonçalvez, acusado de matar o menino Rogério de Mendonça Pedra Silva, de 4 anos, durante uma briga de trânsito,
Segundo informa O Globo Online, o desembargador e a ex-secretária foram convocados pela defesa do jornalista e empresário, que é dono de veículos de comunicação no estado, entre eles o Jornal Independente.
Julio Roberto Siqueira, por ser desembargaor, poderá escolher data e hora para prestar depoimento. Já Tânia Garib deverá ser interrogada no dia 31 de maio, às 8h30, segundo determinação do juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete.
Questionado sobre a razão da convocação das duas testemunhas, o advogado do jornalista preferiu não revelar detalhes. "Só posso dizer que eles não vão falar mal do réu", disse Valdir Custódio.
O caso
O jornalista Agnaldo Ferreria Gonçalvez responde pelo homicídio doloso de Rogério de Mendonça Pedra Silva e por duas tentativas de homicídio.
Durante uma briga de trânsito, o jornalista teria disparado na direção do carro do tio do menino, Ademir Pedra Neto, de 22 anos. O avô de Rogério também estava no automóvel e foi atingido no maxilar.
Programa de despoluição da Baía de Guanabara completa 16 anos com poucos avanços
Dezesseis anos depois do primeiro contrato assinado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o início do processo de despoluição, os dejetos industriais e de cidades da Baixada Fluminense continuam desaguando na Baía de Guanabara. Assinado em março de 1994, o contrato do governo estadual do Rio de Janeiro com o BID e participação do Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC) para a implantação do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG) não tem prazo para ser concluído.
O projeto prevê atuação em várias vertentes, como a racionalização do uso e abastecimento da água, a melhoria dos serviços de coleta de lixo e o controle de inundações. Um dos problemas, segundo o Centro de Informação da Baía de Guanabara é que não há um sistema rígido de fiscalização.
O orçamento original do PDBG era de US$ 793 milhões, mas a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), que coordena e executa o programa, já investiu cerca de US$ 1 bilhão. As obras de primeira fase, devido a irregularidades, sofreram atrasos e parte foi malfeita, informa a Superintendência de Instrumentos de Gestão Ambiental. Dos investimentos previstos para a primeira fase, de US$ 1,2 bilhão, já foram gastos US$ 989,3 milhões, mas ainda há uma série de obras por terminar.
Segundo as informações oficiais, este é o maior conjunto de obras de saneamento básico dos últimos 30 anos no estado do Rio de Janeiro. A Cedae disse que, a partir de 2007, foram concluídas as obras que estavam inacabadas há anos.
“A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no Caju (zona portuária do Rio), que por mais de 10 anos ficou abandonada às margens da Linha Vermelha, foi concluída. É a obra mais importante do PDBG, pois está reduzindo em 98% a carga poluidora dos 2,5 mil litros por segundo do esgoto tratado pela estação. Até o final de
Sérgio Ricardo, ambientalista e membro da Organização Não Governamental Verdejar, acompanha desde o início o PDBG e afirma que para conseguir o financiamento do BID o programa se comprometeu com metas extremamente ousadas que até hoje não foram atingidas. “O governo prometeu a despoluição das 53 praias da Baía de Guanabara, e não ocorreu. Você tem na Ilha do Governador, em Paquetá e Magé praias impróprias ao banho e, mesmo assim, com número grande de banhistas no fim de semana, principalmente crianças. Não é uma questão ambiental, é problema de saúde pública. Esse programa é uma obra ineficaz, extremamente limitada, e não resolverá o problema”, critica o ambientalista.
O controle industrial também não ocorreu, de acordo com Sérgio Ricardo, porque existem aproximadamente 10 mil empresas na Baía de Guanabara e a maioria das suas grandes representantes não são obrigadas a apresentar os requisitos ambientais, ou as que apresentam não são analisadas.
O ambientalista denuncia ainda que “há um enorme superfaturamento das obras, que chegou a ser comprovado em CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), cujas conclusões foram encaminhadas ao Ministério Público Estadual e nada foi feito para apurar as responsabilidades e devolver o dinheiro desviado dos cofres públicos”.
Reportagem da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 17/05/2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Esquadrilha da Fumaça completa 58 anos de história
FAB
Escrito por Defesa Brasil
Qui, 13 de Maio de 2010 10:06
Portal Canal Rio Claro) - A Esquadrilha da Fumaça realiza sua primeira exibição oficial.Desde então, milhares de pessoas têm tido a oportunidade de travar um emocionante e inesquecível contato com a perícia dos pilotos e com a competente equipe de mecânicos que os assessora, e despertam, por isso, o reconhecimento, a admiração e o respeito pela Força Aérea Brasileira.”
Quem nunca leu este texto em uma daquelas revistas distribuídas ao público das demonstrações? Ou então no poster? Quem sabe no site oficial?
Embora não se saiba o autor deste clássico. Ele foi, durante anos, utilizado para contar a história da nossa querida Esquadrilha da Fumaça. Assim como a história, o texto, certamente, tem a contribuição de diversos atores.
Há 58 anos, o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) realizava a sua primeira demonstração oficial, na cidade do Rio de Janeiro. Desde a década de 50 até os dias atuais, diversas foram as transformações que esta, mundialmente reconhecida, unidade da Força Aérea Brasileira sofreu. Da mudança de cidade à escolha de novos vetores que estivessem em consonância com a evolução da aviação, a Esquadrilha tem, hoje, muitos motivos para comemorar.
O Esquadrão tem atingido uma média de 100 demonstrações anuais, das quais diversas alcançam populações dos mais distantes pontos do território nacional e até do exterior. No total, foram mais de 3340 demonstrações realizadas, sendo mais de 2000 atribuídas ao T-27 Tucano.
O título de “Embaixador de Brasil nos céus” está tão bem sustentado, que as representações do Brasil no exterior pelo EDA tem se tornado uma rotina. Nos últimos oito anos, a Esquadrilha da Fumaça visitou mais de dez países, mais do que a média histórica dos seus 50 primeiros anos de existência.
A missão da Esquadrilha da Fumaça tornou-se tão estratégica à Força Aérea Brasileira que a unidade tem recebido alguns incentivos tanto no âmbito dos recursos humanos quanto físicos.
Em relação aos recursos humanos, há dois anos, o número de pilotos aumentou de onze para treze, de maneira a garantir dois pilotos, nas posições de voo de #2 a #7. Quanto à estrutura física da unidade, ela começou a ser reformada, no final do ano de 2009. Além do aumento das instalações oficiais, as obras preveem uma adequação da estrutura de maneira a melhorar o relacionamento da Esquadrilha da Fumaça com os seus diversos públicos alvo.
Para celebrar tantas conquistas, gerações de fumaceiros de todos os tempos reúnem-se, no dia 15 de maio, para participar dos eventos que serão promovidos. Dentre eles, será realizada uma reunião em que o Coronel Aviador Otto Uwe Voget, ex-comandante do EDA, discursa sobre os desafios de seu comando, no período de
Fonte: Portal Canal Rio Claro
Rui Barbosa
sábado, 8 de maio de 2010
Jornalistas são mediadores!
Trecho da coluna de Mariano Grondona, La Nacion (02).
1. A sabedoria não está ao alcance da arrogância daqueles que acreditam que são infalíveis, mas daqueles que beberam, com humildade, o cálice às vezes amargo da aprendizagem. Mas o homem moderno, ansioso para conhecer este e os outros planetas, necessita, para saciar sua sede de informação, a ajuda daqueles mediadores que contam e analisam o que está acontecendo em fronteiras remotas. Esses mediadores são os jornalistas. Que outra garantia tem, no entanto, os consumidores de informação, para não ficarem desinformados, que a “pluralidade” de seus fornecedores?
2. Porque é somente comparando um meio de comunicação com outro; somente mergulhando nas correntezas da concorrência entre os meios de comunicação, é que o leitor,telespectador ou ouvinte poderá se aproximar de um conhecimento satisfatório. O monopólio jornalístico, portanto, é a negação pura e simples do autêntico jornalismo. No mais se pode dizer que o “Unicato” do Estado, ainda mais do que as múltiplas mídias privadas, é a que mais pode aproximar-se, perigosamente, do monopólio informativo.
3. Isto não significa que alguns meios de comunicação atraiam mais consumidores que outros. O que se exclui, por sua própria natureza, é a conspiração universal dos meios de comunicação. O jornalismo autêntico se afasta, por outro lado, tanto do governo como da oposição porque, enquanto a situação busca o alinhamento incondicional com o governo, a oposição é formada por aqueles que se propõem como “alternativa” ao governo.
4. Mas o jornalismo não existe para apoiar ou substituir os detentores do poder, pois seu papel na democracia é ser um “contra-poder”, ou seja, um dos freios sociais mais eficazes para limitar o poder do Estado, cuja tentação natural é o autoritarismo. Assim, as duas principais ferramentas são, de um lado, a informação para fazer conhecer o que os poderosos procuram esconder, e do outro lado, a crítica, para revisar com independência o que dizem e decidem os poderosos.
FONTE: Ex-Blog do Cesar Maia
Palavras de uma jornalista depois de cobrir o acidente em Angra dos Reis
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Nós e nossos irmãos animais: Cara de um, focinho do outro, artigo de Américo Canhoto
[EcoDebate] Lendo noticia sobre queixas registradas de ataque de cães contra pessoas – seis ao dia – publicada no jornal Diário da Região de SJRP (SP), neste domingo (2/5/10), fiquei preocupado. Esses ataques devem ocorrer em maior número; pois, na maioria dos casos onde as vítimas não apresentam grandes lesões nem é prestada queixa – os principais alvos de ataques costumam ser idosos e crianças; não é raro que ocorram mortes. Está em andamento no senado a aprovação de lei cuja finalidade é responsabilizar os donos dos animais em casos de ataques e extinguir algumas raças mais agressivas, através da esterilização.
Estarão os animais tornando-se mais agressivos? Aumentou o número de pessoas que adotaram os chamados cães de guarda, em virtude do aumento da violência e dos roubos?
Somos especialistas em deturpar conceitos usando quem não pode se defender para projetar nossos distúrbios psicológicos e nossas malformações sociais e de berço. No caso, usamos expressões que não traduzem a verdade com relação aos cães; expressões do tipo: “soltar os cachorros em cima de fulano”(no caso, dizer um monte a essa pessoa – agredi-la) – “Cães de guerra” (para nos referirmos a pessoas agressivas e sem sentimentos), – “Cachorrada” (para exprimir traição), etc.
Minha real preocupação com esta fase em que vivemos, é que o comportamento dos cães espelha o comportamento humano.
Nossas espécies se afetam tão mutuamente no processo evolutivo, que usamos expressões dúbias para exprimir nossa interação: “melhor um cachorro amigo do que um amigo cachorro”.
O animal, no caso o cão, reflete o subconsciente das pessoas com quem convive e até da comunidade a que pertence. De maneira parecida como acontece na própria espécie humana com as crianças nos primeiros anos de vida – nessa fase o subconsciente tem predomínio; ele funciona como um scanner absorvendo as influências do meio ambiente; e até alterando a parte energética do DNA com repercussão no físico – Exemplo, filhos adotivos depois de alguns anos adotam as feições dos novos pais. Vale a mesma coisa para animais; quando colocamos sob nossa guarda um cão, ele adota alguém da família como modelo e o copia de forma subconsciente – volta e meia nos espantamos na rua ao nos depararmos com animais parecidos ao extremo com o dono; do jeitão á forma de andar – e se não nos vigiarmos, vamos dizer: – Nossa, cara de um focinho do outro!
Na relação com os animais temos mais a aprender ou a ensinar?
Depende. Quem tem um cão em casa, pode simplesmente treiná-lo bem ou mal; ou até “ensinar-lhe” alguma coisa enriquecendo a bagagem subconsciente do animal; mas, acima de tudo pode aprender muito ao utilizá-lo como espelho no processo de descobrir-se a si mesmo; e a entender como funciona sua vida pessoal e familiar.
Há animais mal cuidados (estilo cão sarnento da periferia) e animais bem cuidados; há os até cuidados de forma perdulária como o “cachorro de madame” – Mostre-me seu cão que eu te direi quem és! – podemos incorporar esse mote ao nosso dia a dia – para aprender um pouco sobre quem é aquela pessoa: como pensa, sente, vive, se comporta e quais são seus valores; daí, analise tanto o aspecto quanto o comportamento do seu cão.
Psicólogos logo vão começar a pedir um relatório do veterinário ou para os clientes levarem seu cão ás consultas; pois eles podem dar dicas muito importantes a respeito dos donos – nossos amigos tem mil e uma utilidades.
Ser vivente é um processo contínuo de incorporação de conhecimentos e habilidades e, principalmente de reciclagem da personalidade, e do padrão de atitudes; nessa tarefa o animal pode ser muito útil se usado com consciência.
O assunto é muito vasto e fascinante; mas, vamos nos ater apenas a algumas observações para despertar no leitor a curiosidade pelo assunto – e claro; o respeito pela vida e pelo animal.
Frases como estas deixam expostos seus autores:
Não gosto de animal! Cabe aí uma reflexão urgente a respeito da afetividade, do senso de doação e de responsabilidade.
De modo geral, o que torna um animal agressivo é a agressividade latente ou externada do dono.
Nossos animais também refletem nossos filhos; cães criados ao léu, sem muita atenção e carinho passam a apresentar distúrbios de comportamento – a sorte deles, é que não tem acesso a bebida (tem cachorro chegado numa cervejinha), cigarro, drogas; apenas passam a comer coisas estranhas ou a engordar por ansiedade.
Noutra situação: Numa mesma casa, animais que não conseguem conviver; pois sempre haverá um dominante; refletem uma família problemática; onde as pessoas vivem em pé de guerra declarada ou camuflada.
Mas também, há casas onde gatos, cães, pássaros convivem em harmonia; pode confiar nos seus habitantes, são pessoas do bem; ecologicamente saudáveis; quase xamãs.
Se seu cão é daqueles sorrateiros que mordem o tornozelo das pessoas ou a perna por trás; chegam assim como quem não quer nada e nhac – vigie sua tendência para ser traíra; evite fazer negócios e tratos até com você mesmo. Se o cachorro de seu colega de trabalho faz isso com você; cuidado.
Claro que é preciso analisar quem foi o modelo que o animal adotou – mas, mesmo cães antes abandonados e maltratados quando recebem amor, respeito, carinho e cuidados decentes; são passíveis de recuperação assombrosa; assim como nós os quase humanos.
É tão visível a influência da personalidade humana nos bichos a ponto de hoje haver cães: que sofrem de carência afetiva doentia; gravidez psicológica; depressão; angústia; pânico; peripake; transtorno bipolar; esquizofrenia; e até personalidade psicopata como a desses que agridem as pessoas.
Seu subconsciente é mais puro; ainda não foi contaminado por intereses. Daí, eles são capazes de ler pensamentos e de sentir as emoções e sentimentos com mais rapidez e intensidade – é fácil comprovar essa habilidade deles – Exemplo, preste atenção como o animal sabe se estás triste ou alegre e até doente sem que manifestes – ele apenas sabe.
Sua linguagem é mais avançada que a nossa; e sem que a maioria das pessoas perceba; eles conversam entre si. Se aprendermos a linguagem deles conversam conosco.
São dotados de sentidos mais apurados do que os nossos: visão; faro; olfato; sua capacidade de audição é superior á nossa. Teu amigão conhece o ruído do motor do teu carro a quarteirões de distância.
A maioria enxerga e ouve coisas que não vês, como: desencarnados, ETs e elementais. Podem e são úteis em desobsessão; muitos desencarnados tipo “encosto” não sabem que desencarnaram e têm medo deles; aí eles evitam tua casa – por outro lado; se com freqüência os cães te estranham, vai buscar ajuda; pois algum cara do lado de lá pode estar tirando uma da tua cara e provocando os bichos; depois se esconde atrás de você e adivinha quem vai ser atacado?
Experimenta não levar teu cão para passear depois da primeira vez.
As doenças dos bichos podem despertar algumas famílias mais ligadas para a correção tanto da dieta do bicho quanto para a da própria.
Sua tendência ao desprendimento é notável: Eles costumam executar uma drenagem de miasmas e energias deletérias; daí que adoecem muitas vezes para livrar a cara dos donos de: câncer; problemas respiratórios; calculo renal; dermatites; hipertensão; insuficiência cardíaca, etc.
Também, como vivem menos do que nós; eles nos avisam através das suas doenças; a respeito das que provavelmente os donos apresentarão; em breve futuro ou mais á frente. Ou até, para se prepararem como cuidadores de familiares e pessoas que sofrerão de doenças parecidas.
Preste atenção nas doenças que seus cães apresentam; do que morrem; e fiquem atentos, pois pode ser um sinal.
Se teu cão amigo está apático, triste, não faz festa quando te vê; pode estar sinalizando que não estás dando atenção a ele como em outros tempos – e, provavelmente também estejas fazendo o mesmo com as pessoas que esperam um pouco da tua atenção; quem sabe de carinho, e até de amor – como costuma ocorrer com as crianças que adoecem seguidamente; quase sempre estão sendo mal nutridas de afeto, atenção e amor.
Há muito a comentar e a desvendar em nossa relação com os animais.
Mas, voltando ao assunto inicial.
Quem não gosta de animais não sabe o que está perdendo.
Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Uso a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.
Brasil terá novo reator nuclear com custo de R$ 850 mi

O governo dará fôlego ao programa nuclear brasileiro com a construção de um novo reator a custo estimado de R$ 850 milhões. A primeira parcela do dinheiro sairá de um fundo vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, anunciou o ministro Sérgio Rezende. A decisão ocorre no momento em que o mundo discute a revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), em Nova York, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara visita ao Irã. Este é o desfecho de um lobby que durou meses.
O projeto do reator, antecipado pelo jornal O Estado de S. Paulo em novembro do ano passado, pretende tornar o País autossuficiente na produção de isótopos radioativos usados no diagnóstico e no tratamento de doenças como o câncer. O fornecimento por meio de importação chegou a ser interrompido no ano passado. É considerado inseguro e caro, segundo alegaram pesquisadores da área em carta a Lula.
Mas, como diz o nome do reator - multipropósito -, ele tem outros objetivos além daqueles ligados à medicina nuclear. O reator fortalece o projeto de produzir urânio enriquecido em escala industrial a partir de 2014. "O reator multipropósito tem um papel muito importante para o programa nuclear", destaca Rezende.
O novo reator será construído em Iperó, a 130 quilômetros da capital paulista, na mesma área onde a Marinha desenvolve o projeto do submarino nuclear e fabrica ultracentrífugas destinadas ao enriquecimento do urânio. Esse reator será bem mais potente do que os outros quatro de pesquisa existentes no País. O maior deles foi inaugurado ainda nos anos 50. O mais recente tem mais de 20 anos.
Fonte: Estadão
Lula fez pressão por supertelescópio no Chile, diz ‘El Mercurio’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria investido seu cacife político de “forma definitiva” para influenciar as negociações que acabaram decidindo pela instalação no Chile de um supertelescópio – o maior do mundo, cujo espelho principal terá 42 metros de diâmetro -, de acordo com o jornal chileno El Mercurio.
O Telescópio Extremamente Grande (E-ELT, na sigla em inglês) é um projeto da Organização Europeia para a Investigação Astronômica no Hemisfério Sul (ESO, na sigla em inglês) – que reúne 14 países – e era disputado com a Espanha, que queria levá-lo para a Ilha de Palma, uma das Ilhas Canárias.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria investido seu cacife político de “forma definitiva” para influenciar as negociações que acabaram decidindo pela instalação no Chile de um supertelescópio – o maior do mundo, cujo espelho principal terá 42 metros de diâmetro -, de acordo com o jornal chileno El Mercurio.
O Telescópio Extremamente Grande (E-ELT, na sigla em inglês) é um projeto da Organização Europeia para a Investigação Astronômica no Hemisfério Sul (ESO, na sigla em inglês) – que reúne 14 países – e era disputado com a Espanha, que queria levá-lo para a Ilha de Palma, uma das Ilhas Canárias. Lula teria desempenhado um “papel-chave”, segundo a reportagem publicada no último fim de semana.
O jornal afirma que a dobradinha entre os vizinhos sul-americanos começou em meados de fevereiro, quando a ESO teria convidado o ministro da Ciência e Tecnologia brasileiro a conhecer, durante uma semana, os observatórios que a organização europeia já mantém no Chile. Ao ficar sabendo da visita, a Chancelaria chilena teria, ainda segundo o Mercurio, se integrado à comitiva para conhecer o objetivo da viagem do brasileiro.
“Foi como ficaram sabendo que a ESO estava interessada em oferecer ao Brasil ser sócio da organização”, afirma a reportagem assinada por Sergio Acevedo Valencia. Mais que a qualidade do céu, que favorece a astronomia, pesaria a favor da Espanha o fato de o país estar disposto a investir 300 milhões de euros (cerca de R$ 680 milhões) no projeto. Aliança Por isso, em março, o presidente chileno, Sebastián Piñera, teria iniciado conversas com Lula sobre formas de compensar os 300 milhões de euros que faltavam ao projeto.
O Mercurio afirma que a importância do assunto era tamanha que Piñera planejava discuti-lo com Lula no dia de sua posse, mas a ausência do presidente brasileiro impediu que a ideia fosse adiante.
O periódico chileno afirma que Piñera teria então decidido ir, ele próprio, a Brasília para tocar o projeto. Em 9 de abril, ele se reuniu com Lula por mais de uma hora. Um dos assuntos tratados teria sido o telescópio. “Lula se comprometeu informalmente a enviar um comunicado relevante à junta diretiva da ESO na Alemanha.
E o fez: uma semana depois da visita de Piñera e uma antes da eleição do monte Armazones (no Chile) como local do telescópio.”Na nota, segundo o jornal chileno, Lula manifestava o interesse brasileiro em integrar a ESO sob uma condição: que o E-ELT fosse instalado em um país sul-americano, sem citar o Chile, embora não houvesse outro país do continente na disputa. “Na Chancelaria chilena, considera-se que a determinação do Brasil foi definitiva.
O governo acreditava que a decisão seria em junho, mas ao que parece, as palavras do Brasil tiveram o seu peso”, conclui o Mercurio. O Chile temia perder a disputa pela sede do supertelescópio para a Espanha depois do violento terremoto que sacudiu o país em 27 de fevereiro. A ESO temia investir milhões em instalações que pudessem vir a ser destruídas por futuros tremores, segundo o jornal chileno.
No entanto, o governo chileno teria pedido à ESO que divulgasse a informação de que o observatório de Paranal, próximo ao local escolhido para o novo telescópio, não sofreu qualquer dano por causa do sismo de fevereiro, nem tampouco do registrado em 4 de março.