Márcia Casali´s posts

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pesquisa revela aumento no número de acesso a sites de jornais nos EUA

Redação Portal IMPRENSA

O mês de abril foi marcado pelo aumento do número de acessos a sites de jornais nos EUA. Os pageviews aos portais de notícias tiveram crescimento de 11% em relação a março.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, uma pesquisa realizada pela Rede Nacional de Jornais no país mostrou que 2 bilhões de visitas foram registradas no período, um recorde se comparado ao mês de março, que totalizou 83, 7 milhões.

Jornalistas estão mais otimistas em relação ao futuro da mídia, diz pesquisa

Redação Portal IMPRENSA

Uma pesquisa do instituto Oriella mostrou que os jornalistas estão menos pessimistas em relação à profissão e ao futuro dos meios de comunicação e que estão aprendendo a lidar com a Internet.

O levantamento, que consultou 770 jornalistas de 15 países, entre eles, Brasil e EUA, observou que os profissionais que atuam em meios de comunicação tradicionais, como jornal impresso, rádio e televisão, relatam que são cada vez mais pressionados, mas, no geral, estão otimistas. Apenas 14% dos entrevistados acreditam que o número de veículos irá diminuir, segundo informa o The Guardian.

Em relação à Internet, 79% acreditam que a qualidade de seu trabalho não foi afetada e 84% disseram que interpretam a mídia digital como uma aliada da profissão e não a consideram uma ameaça. Para 40% dos consultados, a Internet oferece novas oportunidades aos jornalistas.

Do grupo dos pessimistas, 44% deles acreditam que a mídia impressa irá diminuir drasticamente e que a falta de investimentos nas plataformas digitais afetará a qualidade de seu trabalho. Eles creem, ainda, que o número de anunciantes irá recuar 10% neste ano.

Na avaliação do site especializado Editors Weblog, a atitude otimista da maioria dos entrevistados mostra que os jornalistas estão aprendendo a lidar com a profissão nos meios digitais e que a aceitaram o desafio de adaptação às mudanças da era da Internet.

Metade dos jornalistas acredita no fim dos meios de comunicação convencionais

Redação Portal IMPRENSA

Pesquisa feita com mais de 750 jornalistas de 21 países revelou que cerca de 50% deles acreditam no fim do veículo em que atua em algum ponto do futuro, seja publicação impressa, canal de rádio ou TV. Em outras palavras, acreditam que os veículos offline serão extintos.

O levantamento do instituto Oriella PR Network revelou também que 25% dos entrevistados acredita que a mídia - seja ela digital ou não - irá diminuir drasticamente.

Em relação às novas mídias, a opinião dos participantes do estudo se divide. No geral, creem que elas devem oferecer novas oportunidades, o que não significa necessariamente que o Jornalismo será beneficiado.

Segundo informa o site Blue Bus citando o Social Times, a pesquisa mostra que os jornalistas apostam nos novos meios digitais. Apenas 15% dos entrevistados não estão presentes em redes sociais; melhora substancial se comparado ao ano passado, quando 25% deles não faziam.

Universidade dos EUA estuda substituir curso de Jornalismo por graduação em mídias

Redação Portal IMPRENSA

Nos EUA, a Universidade do Colorado estuda fechar seu curso de graduação em Jornalismo para criar um programa que combine preceitos jornalísticos e de ciência da computação. O novo curso seria algo próximo de uma "graduação em mídias".

Segundo informações do site Editor & Publisher, a universidade acredita que a nova graduação irá "preparar os alunos para uma inédita mudança nas comunicações e no mercado de mídia".

A Universidade do Colorado não é a única nos EUA que estuda mudanças drásticas na grade de Jornalismo ou até mesmo a extinção do curso. Ao menos outras trinta escolas no país, entre elas Wisconsin, Cornell, Rutgers e Berkeley, consideram modificar os cursos para que se adéquem às novas tendências do mercado de trabalho.

Tom Yulsan, professor da Colorado, pontua que a mudança na graduação deve ser encarada como uma "oportunidade". "No entanto, mudanças também são arriscadas", ponderou, "e isso nos deixa inquietos. Ao mesmo tempo, estou excitado e ansioso", afirmou Yulsan, da graduação de Jornalismo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Movimento Marina propõe festival de vídeos

O pessoal do Movimento Marina Silva está convidando todos a participar de um grande festival de vídeos em apoio à nossa candidata. Confira o vídeo fazendo o chamado:

Ajudado pelo aquecimento global, primeiro poço na Groenlândia dispara corrida pelo ‘ouro do Ártico’: petróleo e gás

As petroleiras se lançam pela segunda maior reserva de petróleo do mundo, ajudadas pelo aquecimento global. Os ecologistas alertam para o risco de vazamento em uma região muito vulnerável e onde é muito difícil limpar. O degelo pelo aquecimento permite o trânsito marítimo pela passagem do nordeste, na Sibéria.

Ajudadas pelo aquecimento global, as companhias de petróleo já tocam com a ponta dos dedos as jazidas de gás e petróleo do Ártico, que acumulam 22% das reservas por descobrir. Uma firma escocesa, a Cairn Energy, anunciou na terça-feira que já implementou duas perfurações na costa oeste da Groenlândia e que encontrou gás. “Virão outras”, declarou por telefone a este jornal Jørn Skov Nielsen, diretor de Minérios e Petróleo da Groenlândia. Reportagem de Rafael Méndez, El País.

A Cairn abriu em julho os dois primeiros poços de exploração na baía de Baffin, entre Groenlândia e Canadá. Dois navios quebra-gelo escoltam as plataformas diante da ameaça de icebergs. Ainda é cedo para saber se serão “comercialmente rentáveis”, adverte Nielsen. “Há muita exploração, mas é preciso ver se é viável extraí-lo por um bom preço.”

Que há petróleo e gás é certo. Um estudo do Serviço Geológico dos EUA estimou que a Groenlândia tem a segunda maior reserva mundial de petróleo por descobrir, ficando atrás somente das de Zagros, no Irã. Seu litoral abriga cerca de 45 bilhões de barris de petróleo, o equivalente ao que o mundo consome em um ano e meio.

Como explica Mariano Marzo, catedrático de recursos energéticos da Universidade de Barcelona, “não importa só o barril – que haja petróleo -, mas a torneira – que possa ser extraído”. Um aumento do preço do petróleo precipita a exploração. Marzo salienta “o paradoxo de que seja o aquecimento global que favorece a exploração do Ártico. Porque as petroleiras sim, acreditam na mudança climática”. A queima de combustíveis fósseis – petróleo, gás, carvão – emite dióxido de carbono. Esse CO2 se acumula na atmosfera, retém parte do calor que a Terra emite e aquece o planeta. A concentração atual é a maior em pelo menos 650 mil anos. E o Ártico é a região do planeta mais sensível ao aquecimento.

Desde 1979, quando começaram as medições por satélite, o Ártico perde gelo. Em 16 de agosto passado, ocupava 5,95 milhões de quilômetros quadrados, 22% a menos que a média do período 1979-2000, segundo o Centro de Dados do Gelo e da Neve dos EUA (NSIDC, na sigla em inglês). Este ano é o segundo com menos superfície gelada desse período, ficando atrás somente de 2007. O gelo continuará se retraindo até setembro e depois voltará a aumentar.

O responsável pelo governo da Groenlândia explica que a região vive uma corrida pelos recursos naturais. Há petróleo e gás, mas também minérios e diamantes, com acesso cada vez mais fácil. “Nos anos 70 houve cinco poços e em 2000 a Statoil [petroleira estatal norueguesa] abriu um. Nenhum acabou sendo viável”, explica.

A Cairn, com seus 400 milhões de euros de investimento, leva vantagem. Suas ações caíram na terça-feira 4,1%, ao ter descoberto gás e não petróleo, que teria sido mais rentável e fácil de manipular, mas no último ano seu valor quase duplicou na Bolsa de Londres. Outras multinacionais, como a Esso, também exploram esse litoral.

Em 2007 a Groenlândia tornou-se independente da Dinamarca. Suas reservas de hidrocarbonetos foram determinantes. O primeiro-ministro Kuupik Kleist explicou ao “El País” em dezembro: “Somos os mais expostos à mudança climática, mas não deixaremos de reclamar nosso direito ao desenvolvimento. (…) Se quisermos prescindir dos 40% do orçamento que a Dinamarca nos dá, precisamos desse petróleo.”

A política da Groenlândia copia a da Noruega em busca de boa parte da torta. As empresas que operam têm de dar 12,5% de sua participação a uma empresa estatal. Isso, somado aos impostos, faz que “59% dos lucros” fiquem na ilha.

Marzo explica que tentam fugir da “maldição dos recursos, a que faz que os países cuja principal receita é o petróleo vivam sem outra indústria, sacudidos por conflitos e corrupção. Só a Noruega escapa disso, graças a um fundo estatal que investe o obtido no mar do Norte. O fundo, um dos maiores do mundo, tem diversificados seus 354 bilhões de euros em cerca de 8.000 empresas.

Em setembro, quando o gelo voltar a crescer, “os poços ficarão selados com cimento do final de setembro até o próximo verão”, explica o diretor das explorações no Executivo. Mas isso, depois do derramamento da BP no golfo do México, em condições muito mais favoráveis, fez disparar os alarmes. O navio Esperanza, do Greenpeace, chegou na segunda-feira à região para protestar contra a perfuração e foi freado por um barco da marinha dinamarquesa.

“Ver aqui uma enorme plataforma de perfuração nesta bela e frágil paisagem é muito chocante. Os trágicos desastres do petróleo no golfo do México e na China este ano ilustram a necessidade de abandonar a dependência do petróleo. Essas operações são arriscadas demais e empresas como a Cairn deveriam abandonar o Ártico e trabalhar para desenvolver alternativas seguras e limpas”, declarou Leila Deen, responsável pela campanha do Greenpeace a bordo do navio. Na região há baleias azuis, ursos polares, focas e aves migratórias.

Nielsen admite que o vazamento no golfo do México é uma preocupação a mais. “Tomamos as medidas de segurança mais elevadas para evitar efeitos desnecessários”, afirma. O problema é que um vazamento no Ártico teria um impacto muito maior. E o petróleo nessa região quase não evapora.

Nada disso vai deter a corrida. Na terça-feira a televisão russa anunciou que um petroleiro, o Baltika, havia cruzado a passagem do nordeste, a rota entre a Europa e a Ásia, passando pela Sibéria. Essa enorme extensão deveria estar fechada pelo gelo, mas neste verão, o segundo consecutivo, está transitável. O petroleiro saiu em 14 de agosto do porto de Murmansk para a China, carregado com gás liquefeito e escoltado pelos quebra-gelos de propulsão nuclear Taimyr e Rossia – ninguém ainda se atreve a fazê-lo sem escolta. A empresa dona do navio, Sovcomflot, é a maior da Rússia e pretende com a viagem demonstrar a viabilidade e estudar a rentabilidade.

A rota pela Sibéria para a China é de cerca de 7.000 milhas náuticas, muito mais curta que a tradicional pelo Canal de Suez. No ano passado, dois cargueiros com turbinas a gás realizaram a viagem em sentido inverso – de Seul a Roterdã -, mas não é a mesma coisa um cargueiro que um petroleiro diante de um hipotético acidente. A passagem do noroeste – pelo Canadá – não está totalmente aberta, mas como explica o NSIDC em seu site na web: “As condições atuais de gelo teriam deixado atônitos os exploradores do século 19 como McClure, Franklin y Amundsen”. Expedições inteiras foram engolidas pelo gelo em áreas que hoje são pastagens no verão.

A Rússia presta especial atenção no Ártico porque lhe daria uma nova rota comercial. O primeiro-ministro Vladimir Putin visitou na segunda-feira o círculo polar ártico para, segundo declarou, ver os efeitos do aquecimento global. A Rússia está especialmente consciente este ano devido à onda de incêndios e o verão extremamente quente que teve. Os países da região, que durante anos desprezaram o norte, agora se dispõem a dividi-lo e explorá-lo.

A Rússia e a Noruega encerraram sua disputa territorial sobre a jazida de gás de Shtokman, uma das maiores do mundo, e se dispõem a operá-la. Além disso, todos os países da região têm em andamento estudos geológicos do leito marinho para demonstrar diante da ONU que sua plataforma continental chega até o Polo Norte, o que lhes concederia assim a soberania.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Reportagem [El primer pozo en Groenlandia dispara la carrera por el 'oro ártico']de El País, no UOL Notícias.

EcoDebate, 26/08/2010

Calçados Azaléia Nordeste: TST decide interditar máquina que causava mutilações em empregados

A constatação da ausência de precauções para evitar graves e repetidas mutilações em empregados da Calçados Azaléia Nordeste S.A., em acidentes envolvendo a operação de uma máquina denominada Matriz Injetora de Acetato de Etil Vinil (EVA), motivou a Seção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho a julgar improcedente mandado de segurança da empresa e manter decisão da 20ª Vara do Trabalho de Salvador, determinando a interdição do equipamento por meio de liminar.

O ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, relator, esclareceu aos demais ministros da SDI-2 que, na fábrica da Azaléia, ocorreram acidentes com a amputação de dedos, punhos, mãos e antebraço dos empregados. Explicou, ainda, que, segundo documento técnico e notificação emitidos pelo Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador (Cesat), órgão do Governo do Estado da Bahia, a “empresa teria alterado o ciclo de funcionamento da máquina para obter maior produtividade e, com essa alteração, a situação tem ensejado esses reiterados acidentes do trabalho com graves consequências“. A seguir, o ministro Bresciani propôs o restabelecimento da decisão liminar.

Diversos ministros se manifestaram, sensibilizados com o caso. O ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho fez referência a uma reportagem televisiva sobre a questão, em um município do Estado da Bahia, “revelando um exército de mutilados, em decorrência da atuação dessa mesma empresa”. Em decisão unânime, a SDI-2 manteve o inteiro teor da liminar concedida pela 20ª Vara do Trabalho de Salvador, com a interdição dos equipamentos, até que a empresa comprove que as máquinas injetoras contam com dispositivos de segurança suficientes para impedir o seu fechamento enquanto ocorre o manuseio interno pelo trabalhador.

O processo

A origem da reclamação está em uma ação civil pública, ajuizada pelo MPT em 2003, com o objetivo de que a Azaléia adotasse medidas para proteção e saúde dos empregados na sede em Itapetinga e nas filiais no interior da Bahia. Para verificar se as obrigações proferidas na sentença, já transitada em julgado, estavam sendo cumpridas, o MPT solicitou, em 2008, inspeção e relatório ao Cesat e à Superintendência Regional do Trabalho.

Foi constatado, então, em fevereiro de 2008, que haviam ocorrido na empresa seis acidentes graves, com mutilações de membros dos empregados. Segundo documento técnico do Cesat, as medidas adotadas pela empresa não foram suficientes para prevenir a ocorrência de outros eventos com a mesma gravidade. Diante do risco iminente, o Cesat notificou a empresa. Novos casos foram registrados e o MPT, então, requereu a liminar, em ação cautelar, na 20ª Vara do Trabalho em Salvador, a qual foi concedida diante da situação de perigo.

A empresa, porém, impetrou mandado de segurança ao Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA), que mandou cessar os efeitos da liminar da 20ª Vara. Em sua fundamentação, o TRT/BA afirma que a decisão da Vara do Trabalho atenta contra exigências constitucionais e que “o fechamento da fábrica, cujo funcionamento foi regularmente autorizado pelos poderes públicos, na forma da lei em vigor, representaria inaceitável abuso de autoridade”.

Contra esse resultado, o Ministério Público do Trabalho interpôs recurso ordinário em mandado de segurança ao TST, defendendo a legalidade do ato da Vara do Trabalho, porque a máquina injetora continuava a oferecer perigo aos trabalhadores, com risco de novas mutilações, o que provocaria perdas irreparáveis. Ao examinar o recurso, o ministro relator verificou a importância dos fatos registrados pelo documento técnico emitido pelo Cesat e a necessidade de celeridade da decisão da SDI-2.

Mais produção

Segundo a descrição do Cesat, verifica-se a falta de adequado treinamento dos empregados e a extrema pressão a que são submetidos para não deixarem a matriz passar com sobra de solado, sob pena de advertência e suspensão. Além disso, trabalhadores que auxiliavam na organização do processo de produção foram designados para substituir operadores mais experientes durante a hora de almoço e em outras ocasiões, para não prejudicar a produção.

O documento relata, ainda, que durante as atividades de extração de solado os trabalhadores são obrigados a acessar o interior da máquina injetora sob risco de acidente, e que, um dos casos de mutilação somente ocorreu porque “o sistema de proteção da máquina falhou, acionando o comando de fechamento das matrizes de moldagem antes do tempo previsto, enquanto o trabalhador estava com os braços no interior da máquina realizando atividade de extração e limpeza dessas matrizes”.

Reconhecendo a gravidade do caso, a SDI-2, então, restabeleceu a decisão da liminar proferida pela Vara do Trabalho, inclusive assegurando aos empregados, que operam as máquinas injetoras de EVA, os salários e outros direitos decorrentes do contrato de trabalho, bem como estabilidade temporária pelo período que durar a medida. (ROMS – 63100-85.2008.5.05.0000)

Informe do Ministéio Público do Trabalho na Bahia, publicado peloEcoDebate, 26/08/2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Presidente do TSE compara atentado a colega do TRE de Sergipe ao 11 de Setembro

20/08/2010 - 10h41

FELIPE SELIGMAN

DE BRASÍLIA

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Ricardo Lewandowski, afirmou nesta sexta-feira que o atentado ao presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Sergipe, Luís Antonio Mendonça, representa para os magistrados o que o 11 de Setembro representou para o mundo.

Ele fez referência ao ataque terrorista ao World Trade Center, em Nova Iorque, em 2001, que matou milhares de pessoas.

"Esse atentado corresponde, do ponto de vista simbólico para os magistrados, ao 11 de Setembro para o mundo", afirmou Lewandowski, em encontro de presidentes de TREs (Tribunais Regionais Eleitorais), em Brasília.

O presidente do TSE também cobrou reforço na segurança dos juízes, mas afirmou que a Justiça Eleitoral "não se intimidará". "É um momento de reforçarmos a segurança para todos os magistrados da Justiça brasileira".

Mendonça sofreu um atentado na manhã do dia 18 de agosto. O carro que levava o magistrado levou cerca de 30 tiros de armas de diferentes calibres, deixando seu motorista em estado grave. O magistrado era esperado no evento desta sexta-feira, mas não compareceu.

"A partir desse 18 de agosto, que é o nosso 11 de Setembro, temos que mudar a cultura relativa à segurança da magistratura", concluiu Ricardo Lewandowski.

ANJ anuncia criação de órgão de autorregulamentação

20/08/2010 - 12h55

DO RIO

A ANJ (Associação Nacional de Jornais) anunciou ontem a criação de um conselho de autorregulamentação como forma de reiterar o compromisso da entidade com a liberdade de expressão e com a responsabilidade editorial.

O anúncio foi feito na abertura do 8º Congresso Brasileiro de Jornais, que termina hoje, no Windsor Barra Hotel, na zona oeste do Rio.

"Definimos conceitos básicos para o estabelecimento de um conselho de autorregulamentação, composto por sete membros, que julgará casos a ele submetidos", disse a presidente da ANJ, Judith Brito, diretora-superintendente do Grupo Folha.

"Nos próximos meses, nosso compromisso é o de detalhar o regulamento e os procedimentos para que este conselho seja designado e comece a atuar", afirmou.

Judith Brito acredita que até o final do ano o novo conselho esteja em funcionamento. Outros setores contam com entidades semelhantes. A publicidade brasileira, por exemplo, é autorregulada pelo Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária), entidade não-governamental criada em 1978.

"Sabemos que muitos jornais já têm seus códigos de ética. A própria ANJ tem seu código. Agora, trata-se de avançar num modelo que permita debater e avaliar nossos erros, de forma transparente", disse.

Em discurso, a presidente da ANJ lembrou a "decisão histórica" do Supremo Tribunal Federal de, em abril de 2009, acabar com a Lei de Imprensa, definida por ela como "legislação antidemocrática com o objetivo de limitar a circulação de informações e opiniões, impondo um ambiente obscurantista para a sociedade".

"Os jornais não querem se isentar da responsabilidade que obviamente têm em suas funções de informar. Em nenhum momento propusemos impunidade, mas apenas nos defendemos contra a intolerável censura prévia", declarou Judith Brito.

A presidente da ANJ afirmou que a entidade é parceira das escolas de jornalismo, incentivando-as a serem "modelo de qualidade na formação humanística", e disse que as empresas só têm a ganhar com profissionais oriundos das boas escolas.

Mas a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista, exigência também derrubada pelo STF, era um "claro embaraço à liberdade de expressão e era natural sua revogação", afirmou.

PUBLICIDADE

Alguns dos debates do congresso discutiram o caminho da publicidade em jornais.

A conclusão é que a publicidade em jornais impressos continuará prevalecendo e há espaço para seu crescimento, mas as empresas que produzem conteúdo jornalístico precisam buscar modelos de negócios que viabilizem suas operações em novas mídias digitais.

Marina em campanha no Rio de Janeiro fala sobre reforma na segurança pública

20/08/2010 - 14h25

Marina afirma que povo não quer 'farofa de números' sobre segurança pública

FÁBIO GRELLET
DO RIO

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, afirmou hoje, no Rio, que é necessária uma ampla reforma na segurança pública.

Ela anunciou que pretende expandir para todo o país um projeto lançado no Rio Grande do Sul chamado Justiça Restaurativa.

A iniciativa busca recuperar jovens usuários de drogas e em outras situações de risco.

"São experiências como essa que precisam ser expandidas pelo país", disse. "O povo quer propostas [sobre segurança], não pegadinha nem salada ou farofa de números."

Marina visitou a sede do Grupo Cultural AfroReggae, em Vigário Geral (zona norte), onde assistiu a apresentações de música e dança e chegou a tocar um instrumento de percussão.

A candidata também criticou a situação do saneamento básico no Brasil, tema de pesquisa divulgada hoje pelo IBGE.

"Os últimos governos investiram muito menos do que a população precisa em esgoto tratado. Precisamos investir R$ 20 bilhões por ano durante uma década", afirmou.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Edu Guimarães explica qual é o dilema do JN


Do Blog da Cidadania

O dilema do Jornal Nacional

por Eduardo Guimarães

A pressa de Willian Bonner em fazer o maior volume de acusações a Dilma Rousseff, ao PT e ao governo Lula no espaço dos 12 minutos da entrevista que a candidata concedeu ao Jornal Nacional na noite de ontem era tanta, que o jornalista acabou errando na dose.

A insistência do entrevistador no tom e no conteúdo acusatórios nas questões que fazia foi gerada pelo resvalar dos seus disparos retóricos na couraça paz e amor da entrevistada. Bonner ficou visivelmente irritado e se embolou com Fátima Bernardes no ataque.

Quem duvidava ou não sabia de que a Globo se opõe a Dilma, ao PT e até ao governo Lula tomou conhecimento disso ontem à noite.

Foi o que a entrevista mostrou, queiram os seus idealizadores ou não. Agiram como se o governo Lula fosse mal avaliado, e Bonner disparou críticas justamente ao ponto forte deste governo, a economia. Fizeram críticas, portanto, sem ressonância na sociedade.

Mas, enfim, o objetivo deste texto não é o de responder às acusações que Bonner e sua mulher fizeram a Dilma, ao PT e ao governo Lula, pois a candidata petista fez isso muito bem, com segurança e surpreendente serenidade.

Há que analisar o pós, o “day after”, que, ao contrário do que se pode pensar, não será no dia seguinte ao da entrevista e, sim, na quarta-feira, quando o entrevistado for José Serra e a Globo tiver que retirar a impressão que Bonner e Bernardes deixaram ao entrevistar Dilma.

Um fato inegável é o de que, se não quiserem dar de bandeja aos petistas a confirmação de suas queixas da mídia, Bonner e Bernardes terão que ser duros também com Serra.

Eis um dilema para o JN. As acusações a Dilma, ao governo Lula e ao PT usadas pelo “Casal Nacional” são amplamente conhecidas. São críticas que estão todos os dias na mídia há anos e anos, tanto na impressa quanto na eletrônica. Mas e a Serra, do que acusar?

Ironicamente, qualquer crítica pertinente que se faça a Serra terá que ser ao seu governo do Estado de São Paulo, o qual foi solenemente poupado de críticas pela mídia durante seus três anos e pouco de duração.

O JN não pode passar recibo de partidário, pois ele e toda a imprensa golpista negam isso até a morte. Mas se o telejornal usar com Serra a mesma medida usada com Dilma, revelará podres desconhecidos do tucano, nem que sejam só os eminentemente administrativos.

A julgar pela entrevista desastrada de ontem à noite, não acredito que terão competência para achar uma solução inteligente, artigo que tem lhes faltado há anos para derrubar a popularidade estratosférica do seu ex-maior desafeto.


Blog da Glória Perez

Constrangedor!

Nos últimos dias temos presenciado tantas aberrações nesse terreno da Justiça, que é impossível não insistir no tema!

Mizael Bispo, denunciado pelo assassinato covarde e cruel da advogada Mercia, foi solto por decisão de uma desembargadora que, ao conceder a soltura,reconheceu a força das provas apresentadas pela polícia para mandar prendê-lo. Ao mesmo tempo, é decretada a prisão preventiva de uma pobre senhora, mãe de 10 filhos, que furtou uma bermuda! isso mesmo: uma bermuda para um dos meninos!

É quase impossível entender os critérios da justiça brasileira, e uma justiça que não tem regras claras, ao alcance da compreensão de toda sociedade, só pode ser ineficiente, como é a nossa.

Matar dá cadeia? roubar dá cadeia? no código, dá. Na prática, depende! às vezes sim, às vezes não!

Essa benevolência para com o crime é a mais perversa das heranças deixadas pela ditadura militar. Os “subversivos”daquela época, presos e misturados aos presos comuns, acabaram por incorporar a idéia dos ditadores de que divergencia de pensamento é crime, quando passaram a enxergar todo e qualquer prisioneiro como uma vítima. Vítimas eram eles. Assassinos, estupradores e ladrões fazem vítimas!

O fato é que esse equívoco tem feito grandes estragos e, desde então, subindo ao poder, a geração que enfrentou a ditadura e se arriscou tanto em nome de um ideal que pretendia resgatar os direitos das classes menos favorecidas, empenhou-se em produzir uma legislação que, na prática, só fez acentuar as diferenças! Fácil de constatar: as cadeias estão aí, cheias de jõaos ninguém. Os mesmos crimes, cometidos por gente que pode pagar bons advogados, permanecem impunes.