Márcia Casali´s posts

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Inglês a partir dos três meses de idade

O método explora a utilização de ferramentas para prender a atenção e tornar o estudo uma aventura divertida

Márcia Casali

No Século XX, acreditava-se que aprender uma segunda língua na infância era prejudicial ao desenvolvimento cognitivo da criança. Especialistas do departamento de psicologia da Universidade de Brasília (UnB) garantem que não existe idade ideal para aprender uma segunda língua. Teoricamente, quanto mais cedo melhor, mas algumas variáveis devem ser levadas em consideração. Os bebês, por exemplo, podem iniciar a aprendizagem de outra língua, desde que sejam capazes de aprender a distinguir os sons básicos da fala.

Para o professor e psicólogo pediátrico, Áderson Costa, os bebês podem até diferenciar sons de fala que nunca ouviram antes. No entanto, antes de alguns meses de vida, não são capazes de reter atenção e sincronizar os processos de ver, ouvir e processar informação. “Quando um bebê de 6 ou 7 meses ouve uma palavra várias vezes, em frases diferentes, mais tarde prestará mais atenção a esta palavra do que a palavras não escutadas antes”, diz. Ele reforça que por volta dos 6 meses os bebês são capazes de olhar para um objeto ao ouvir a palavra correspondente, mesmo feito em mais de uma língua.

Segundo o psicólogo, quando crianças de 1 ou 2 anos aprendem duas línguas simultaneamente, muitas vezes progridem com certa lentidão, porque misturam as palavras. Mas, por volta de 3, 4 anos, são capazes de separá-las. Mais à frente, quando iniciam o ensino fundamental, costuma ser fluentes nas duas línguas. Outro diferencial são as crianças que estão em ambientes cujos pais são fluentes em outros idiomas. “Elas levam vantagem, porque estão expostas a condições de enriquecimento cognitivo. A aprendizagem se generaliza para além da sala de aula”, comenta Costa.

Escolas na cidade oferecem cursos de inglês para bebês a partir dos 3 meses de idade. Até os 7 anos, as aulas são ministradas com um método totalmente comunicativo e mudam de atividade constantemente, num período de 20 a 30 minutos. Para a diretora pedagógica, Renata Berndt, da escola Learning Fun, os conteúdos são baseados em temas familiares para a idade, como: cores, família, animais, brinquedos e datas comemorativas. “Usamos livros grandes e coloridos para o momento da história, pois o visual estimula a criança”, comenta Renata.

A diretora explica que os vocabulários são mostrados por meio de concretos, que passam de mão em mão para que todos toquem e brinquem um pouquinho. A repetição é usada para exercitar a fixação dos vocabulários, mas uma repetição cantada, nunca de forma monótona. O cérebro dos bebês funciona como uma esponja, até os 7 anos de idade. “As informações são assimiladas com muito mais facilidade do que por crianças maiores ou adolescentes”, informa Renata.

Segundo a professora Silviane Barbato, do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento da UnB, certos detalhes precisam ser levados em consideração, pois tudo que é em excesso ou forçado faz mal. No entanto, se considerar o aprendizado, em contexto de bilinguismo, e a criança se sentir bem, certamente é um exercício vantajoso para o raciocínio, para a entrada em outras culturas e uma abertura para o mundo.

Em relação à escola estrangeira, Silviane explica que esse processo de imersão a criança pode sentir um senso de não pertencimento, de na identificação com as práticas de uma cultura diferente da que está habituada. “Se várias crianças dessa escola estão em situação similar, será mais fácil a adaptação” diz a psicóloga. Caso contrário a família e a escola devem acompanhar de perto o processo de imersão.

Para o assistente técnico, Joelton Lopes Ribeiro, ver o filho Gabriel de 3 anos, matriculado em uma escola de inglês é algo maravilhoso. “Ele está tendo uma oportunidade que eu não tive”, comenta o pai. Gabriel demonstra interesse pela nova língua. E todos os dias chega em casa repetindo as palavras que aprendeu na escola. “É importante a criança entrar cedo em um curso de inglês. Algo muito valorizado no mercado de trabalho”, diz Joelton que acredita que o curso será um diferencial no futuro do filho.

Profissionais invisíveis, mas de grande valor

Aumenta a demanda por prestadores de serviço, tanto em bairros nobres, quanto em setor de chácaras da cidade

Márcia Casali

É comum encontrar pessoas que trabalham por conta própria e sem vínculo empregatício. Profissionais que estão diretamente ligados à economia da cidade e que muitas vezes passam despercebidos. Os prestadores de serviço que atuam no mercado como autônomos, tanto em jardinagem, na limpeza de piscinas, quanto em pequenos reparos domésticos, vêm ganhando espaço e afirmam que preferem a forma de trabalho, por conta da liberdade de horários. Apesar de não ter nenhum glamour, profissões que até então não era valorizada, começam a ganhar notoriedade. Pessoas que mesmo sem ter estudado, ganham salários maiores que muitos profissionais com ensino superior.

A profissão de jardineiro, antes desvalorizada, não oferece qualificação profissional. Mas é realizada por pessoas que gostam de lidar com plantas. Um trabalho que necessita de profissionais com conhecimento teórico sobre solo, irrigação, adubação e pragas. Mas que oferece a possibilidade de lidar com a terra, plantas e tornar o ambiente mais harmonioso e bonito.

O jardineiro Manuel Félix Ferreira, há 17 anos no mercado, afirma que a demanda por serviços de manutenção de jardins está aumentando. Casado, ele sustenta a mulher, filho e dois enteados. Com o salário de jardineiro Manuel comprou dois terrenos. O primeiro terreno no início foi pago com dificuldade e diz que chegou passar fome para conseguir pagar. Com a valorização da profissão ele comprou o segundo terreno e está construindo um prédio de dois andares, com 10 quitinetes e um restaurante no térreo. “O restaurante é para a minha esposa que faz pratos deliciosos. Ela vai ganhar mais, além de ter mais tempo para as crianças”, comenta.

Manuel trabalha de segunda a domingo. A rotina começa cedo e não tem hora para acabar. Segundo a mulher, Maria Aparecida, o serviço é cobrado de acordo com o jardim. Manuel visita o local e só então apresenta um orçamento. “A manutenção de um jardim custa em torno de 70 reais. O trabalho exige muito cuidado e atenção, por isso ele não atende muitas casas por dia”, diz Maria.

A procura por manutenção e limpeza de piscinas também vem crescendo na cidade. O piscineiro Seidirso Uessugue, afirma que possui uma agenda bastante disputada e que atualmente atende em 24 casas. Ele cobra meio salário mínimo por cliente, o que equivale a 6 mil reais por mês. Com mais de 31 anos de experiência, Seidirso comprou casa, carro e formou três filhos em uma faculdade particular. “Minha filha formou em nutrição e os meninos em educação física”, comenta Paulo que sente orgulho da profissão.

Outro serviço que vem ganhando espaço na cidade é o “marido de aluguel”, do empresário Anderson Bahia. Um serviço prestado por homens e que começa a se propagar na cidade. Muito bem recebida pelas mulheres para qualquer imprevisto doméstico, como instalar um varal, computador ou uma prateleira. Com o objetivo de oferecer um serviço diferenciado a empresa treina profissionais para solucionar e resolver a solicitação do cliente de maneira segura e rápida. Após treinamento os “maridos” recebem uniformes, crachá e são cadastrados no site, possibilitando ao cliente conhecer, com antecedência, quem irá atendê-lo.

Atualmente são oito profissionais, todos orientados a manter o ambiente limpo, executar o serviço com segurança e proteção adequada. Além de zelar pelos bens do cliente, oferece o melhor custo benefício do mercado, onde cada técnico cobra 60 reais por hora. Para a cliente, Luciana Costandrade, os serviços do Marido de Aluguel são satisfatórios, rápidos e com preço justo. “Em uma hora o profissional prendeu o vaso sanitário que estava solto, destravou uma janela que estava emperrada e arrumou uma fechadura. Eu recomendo” diz Luciana.

sábado, 21 de maio de 2011

Professor de escola pública produz filme com alunos da comunidade

Periférico 304, um filme que conta a história da periferia de Samambaia, relata dramas de moradores da região

Desafiar limites e aventurar-se na trilha do desconhecido. Foi o que levou um professor de escola pública a produzir um filme de 1h30, com apenas 25 mil reais. Periférico 304, gravado em Samambaia, demorou cinco anos para ficar pronto e antes mesmo de ser lançado, já teve mais de 27 mil acessos na internet. Pela rede mundial de computadores o filme foi visto não só no país, mas nos Emirados Árabes e Groelândia. O cineasta e roteirista, Fernando Meireles, deu apoio à produção, após participar de eventos na faculdade. Outro fato importante é que o filme foi encaminhado para o diretor da série norte-americana, Crime Scene Investigation (CSI), Anthony E. Zuiker.

O professor de artes cênicas, Paulo Z, é fascinado por cinema. Há mais de 15 anos leciona no Centro de Ensino 304 da Samambaia e teve a ideia de produzir um longa-metragem. Após um festival de teatro, captou os alunos que mais se destacaram e deu início à formação da pré-produção do filme. "Produzir Periférico 304 foi a realização de um sonho. Sempre fiz teatro, mas o cinema é um desejo paralelo", comenta Paulo Z, que na época procurou o amigo Geraldo Lessa Rabelo para ajudar no roteiro.

Mas o que ele não esperava é que a ideia repercutisse tão bem na cidade. Quando abriu as inscrições para o elenco, mais de 300 pessoas compareceram. Muitos pais, que apenas acompanhavam os filhos, fizeram o teste e foram selecionados para o elenco. Quem não passou deu apoio na parte técnica como figurantes, operadores de câmeras e luz.

Por não ser conhecido, Paulo fez o caminho inverso. "Eu utilizei o que tinha: material humano, equipamentos emprestados e a comunidade, que cedia casas e lojas", acrescenta Paulo, enfatizando que a Secretaria de Cultura ajudou, mas com pouco. "Eles me pagaram para ministrar um curso de cinema. O resto foi com a ajuda de quem acreditou no projeto".

No papel principal, a ex-aluna da escola, Luana Vieira, 22 anos, se emociona ao falar da experiência como atriz e da expectativa pela estréia, após cinco anos de espera. Ela conta que nunca imaginou fazer parte de um filme, principalmente por ter participado apenas de peças escolares. "O filme pra mim foi uma grande oportunidade. Minha primeira experiência como atriz. Realizei um sonho", diz Luana.

Quem também comemora o lançamento de "Periférico 304" é Francisco Nunes, responsável pelo figurino e maquiagem. E Adriano Araújo da Rocha, escolhido como ator principal na trama. O maquiador Francisco Nunes comenta que a equipe tinha uma meta e um programa de trabalho a seguir. Para ele, cuidar do figurino e preparar os atores para as gravações foi gratificante e inesquecível. "No filme acontece uma peça teatral. Um trabalho árduo que serviu de aprendizado, não só para mim, mas para toda equipe", comenta Nunes.

Adriano não participou da oficina desde o começo do projeto. Como nunca atuou, ele foi estudar teatro para aprimorar o conhecimento no Instituto de Arte e Cidadania. Para ele o filme serviu de motivação e inspiração para projetos futuros. "A experiência foi marcante, não só por atuar, mas por fazer parte dos bastidores", diz Adriano.

O filme tem como princípio mostrar ao público a história dos moradores de Samambaia. Uma região administrativa com aproximadamente 200 mil habitantes. Para o diretor de elenco e produtor executivo, Josuel Junior, formado em artes cênicas, o drama conta as experiências de alguns alunos da escola 304. "O diferencial foi ter a comunidade fazendo o filme. Periférico significa o que está em volta, no caso, a periferia de Samambaia" informa Josuel.

Ele conta que ao terminar as filmagens, a equipe tinha 22 fitas nas mãos, mas não sabia como editar. Os diretores enviaram ofícios para várias instituições e o Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb) acatou o projeto. "Foi uma troca. O Iesb entrou com a mão de obra da edição e os produtores com o material bruto a ser tratado" explica Josuel. Segundo o diretor está em andamento uma parceria com o Ministério da Educação, para que o filme faça parte da grade acadêmica. A meta é que um milhão de pessoas assista o filme.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O desejo em se parecer com um famoso atinge até as crianças

Copiar um ídolo não é errado, mas especialistas sugerem que as pessoas devem aceitar a aparência que tem

Márcia Casali

O culto à personalidade não tem idade para começar. A influência dos famosos seja na moda, cabelos ou acessórios, certamente serão copiados e imitados. Sucesso em todo o mundo, Justin Bieber e a princesa Kate Middleton são um exemplo de tendência. Tudo o que eles usam é copiado por pessoas de todas as idades. Segundo a psicóloga Giovanna Giotti, existem casos de pessoas que passam a não se aceitar como é, o que pode causar depressão e isolamento.

Nas ruas, não é difícil encontrar jovens com o cabelo todo jogado para frente e a franja caída na altura dos olhos. Bem ao estilo Justin Bieber. A estudante Vivian Ribeiro, mãe de Gabriel Henrique, 3 anos, conta que o filho sempre usou o cabelo com gel espetado para cima. Observador, o menino adotou o estilo do cantor após assistir aos clipes na internet. “Desde então Gabriel só quer usar camisa aberta com camiseta por baixo e penteia o cabelo para frente”, comenta a mãe.

Para a administradora, Inglid Cardoso, os famosos ditam a moda e não só em roupas e assessórios. Adepta das academias, ela malha todos os dias, colocou silicone e se prepara para uma cirurgia de lipoaspiração. As curvas de famosas serviram de inspiração para Inglid, que aos 29 anos e mãe de dois filhos mantêm um corpo escultural. “Gosto de me cuidar e procuro manter algumas disciplinas. Uma tentação é resistir aos chocolates. Como e depois fico deprimida”, diz Inglid.

Na hora de cortar o cabelo ou mudar o penteado, para os donos de salão de beleza, é normal que o cliente se inspire em figuras famosas. Em alguns salões de Brasília a procura por cortes dos famosos cresceu bastante. Para a surpresa, o cabelo feminino mais copiado no momento é o da princesa Kate, que atrai a atenção pelo estilo natural.

Para o cabeleireiro Zezinho Martins, a procura no salão por cortes dos famosos é grande. Ele explica que em alguns casos a internet é uma ferramenta indispensável, pois os clientes estão muito exigentes. O cabelo chama a atenção e diz muito sobre a pessoa aonde ela chega. “A globalização é responsável por essa busca pela semelhança o que exige do profissional estar sempre antenado”, comenta Zezinho que há uma semana recebeu uma criança que queria o corte igual ao do cantor sertanejo Luan Santana.

Apesar de parecer natural o cirurgião plástico, Oswaldo Oliveira do Nascimento Junior, aconselha os clientes a aceitarem a forma física que tem. Para ele a expectativa do paciente quando chega ao consultório tem que estar à altura das possibilidades, não apenas do querer. “Muitos chegam com fotos de artistas. Mas peço que voltem com a própria foto, dessa forma o paciente vai me apresentar o que não gosta e deseja mudar”, diz o médico.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

GDF é alvo de denúncias

Programa que prevê a possibilidade de concessão de terrenos, incentivando a criação de empregos, é alvo de numerosas irregularidades

Por Márcia Casali

O decreto que suspende por 90 dias benefícios econômicos do Programa de Desenvolvimento Econômico Integrado e Sustentável (Prodeis), antigo Pró-DF, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, informa que o governo vai moralizar a concessão de terrenos. A suspensão pode ser prorrogada por mais 90 dias. Por meio da assessoria o governador informou que o patrimônio público não pode ser "dilapidado para interesses particulares".

O Prodeis, um programa que beneficia micro e pequenas empresas com terrenos, que não podem ser vendidos a terceiros, despertou a atenção após um dado divulgado pelo próprio governo. Até o ano de 2003 das 4.412 empresas beneficiadas pelo programa, apenas 800 funcionavam. Em 2010, o número de concessão de áreas foi maior que os três anos anteriores, além de sessões extraordinárias realizadas nos últimos dias do governo para entrega de áreas para determinadas empresas.

A venda irregular era feita por diretores de entidades que representam os microempresários. Eles negociavam formas de furar fila para acelerar o recebimento do terreno, uma maneira de passar na frente de pessoas que esperavam há anos pelo benefício. Os suspeitos de fazer parte do esquema são: o ex-diretor da Federação das Micro e Pequenas Empresas do DF (Fempe), Wilton Nunes de Lima, conhecido como Capitão, o ex-vice-presidente da Federação das Associações das Micro e Pequenas Empresas do DF (Famicro), Aécio Granjeiro Torres e o ex-subsecretário da recém criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Eudaldo de Alencar.

A equipe do Na Prática entrou em contato com os suspeitos por telefone. Como o processo corre em segredo de justiça, eles não quiseram dar entrevistas.

O Secretário de Desenvolvimento Econômico do DF, José Moacir de Souza Vieira, assim que assumiu a pasta anunciou a suspensão do programa. Segundo o secretário a situação não era novidade para os empresários. "Eu tinha conhecimento da situação justamente por ser empresário e me relacionar com outros comerciantes", explica. Para ele o programa suspenso não trará prejuízos para a economia do DF nos próximos meses. Os processos para quem recebeu o lote, incentivos econômicos e a escritura da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) não param. O decreto não impede que a Secretaria receba novas cartas-consultas. Mas quem ainda não havia assinado o contrato com a Terracap teve o processo suspenso.

O deputado distrital Chico Leite (PT) lidera a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquéritos (CPI) para apurar irregularidades no Prodeis. Todo o período de funcionamento do programa vai ser investigado - de julho de 1999 a dezembro de 2010. Para Chico Leite o problema não é mais do governo e sim de moralidade. "O Pró-DF é a maior vergonha que existe. Em todo lugar eu ouço as pessoas falarem que tiveram que pagar propinas", diz o deputado que aguarda a definição de membros para a comissão.

Lixo não, sustentabilidade

Com o aumento da produção de lixo, as cooperativas oferecem oportunidades de emprego

Por Márcia Casali

O Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU) realiza operações para retirar das ruas carroceiros e catadores. O objetivo é a regulamentação da atividade e a transferência desses profissionais para centros de triagem de matéria-prima recolhida. Segundo o presidente da Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop), Ronei Alves de Lima, Brasília tem hoje mais de dez mil pessoas que vivem da reciclagem.

Com o intuito de realizar uma ação conjunta entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Trabalho (Sedest) e a Centcoop, o SLU elaborou um cadastramento sócio-econômico dos carroceiros e catadores. A autarquia estimula a parceria entre catadores e centros de triagem de materiais recicláveis, como a Associação Pré-Cooperativista de Catadores de Resíduos Sólidos de Brasília (Apcorb) que funciona na L4 Sul. A usina da Apcorb é uma das ações do governo Distrital para a retirada dos catadores do Lixão da Estrutural.

Para a presidente da usina, Alessandra Alves, a cooperativa é a oportunidade da inclusão social dos trabalhadores da coleta de materiais. "Na usina há 11 anos busco melhores condições de trabalho para o grupo e observo que a mídia ajudou a categoria ao falar em meio ambiente e material reciclável", comenta. Segundo Alessandra a rentabilidade depende da produção. Atualmente a equipe recolhe cerca de 70 toneladas de material, com rendimento de R$ 80 mil reais ao mês. Todo valor é dividido pelo número de catadores, rendendo a cada um R$ 400 reais. "A profissão não é fácil e ainda existe muito preconceito. Somos catadores, mas com orgulho", finaliza.

Associada - Irismar Nascimento Vieira, associada da Apcorb há seis anos, a usina é uma fonte de renda para sua família. Casada e mãe de três filhos, todos desempregados, Iris, como é conhecida pelos amigos, percebeu muito desperdício de material e encontrou no reciclado uma forma de aumentar a renda da família. "Faço artesanato utilizando peças como: latinha, garrafa pet, lacre e papelão para produzir flores, bolsas, roupas, além de luminárias", comenta. De acordo com Iris, criar peças artesanais utilizando material retirado do lixo, é a certeza de estar colaborando com o meio ambiente . "As pessoas não imaginam como é importante adotar em casa ou nas empresas a coleta seletiva. É uma oportunidade de ganho para quem não tem emprego", afirma.

Todo ano Iris é convidada a participar de exposições voltadas à sustentabilidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) e no estacionamento do Museu da República. "Tenho amigos na usina que fazem artesanato, mas não participam das exposições, por falta de dinheiro para comprar o material utilizado na confecção das obras. Meu desejo é que eles tenham a mesma oportunidade que estou tendo hoje", afirma Iris.

Usina- O chefe da usina L4 Sul, Cícero Carlos Gomes de Lacerda, informa que a Delta Engenharia, prestadora de serviços, em breve dará início as obras no local. "É uma maneira do catador se sentir valorizado, em um ambiente que ofereça mais conforto e dignidade", afirma Cícero. As obras serão realizadas na adequação da usina para a coleta seletiva. Um benefício para os catadores, que receberão o material pré-selecionado, melhorando o valor. "Investindo na reciclagem, melhoramos a limpeza da cidade e geramos empregos", afirma. Para Cícero a implantação da coleta seletiva, além de contribuir com a preservação do meio ambiente, diminui a quantidade de lixo nos aterros e oferece oportunidade para milhares de cidadãos que vivem da reciclagem. "Reciclar é conscientizar a população quanto ao destino do lixo", diz.

Resultados - Enquanto as cooperativas buscam fortalecimento, o Lixão da Estrutural está com data marcada para acabar. Delival Lemos de Souza, diretor de operações do SLU, juntamente com as Comissões de Direitos Humanos e Meio Ambiente da Câmara Legislativa do DF, estiveram no Lixão, no dia 23 de fevereiro, onde ouviram reclamações, discutiram propostas, além de constatar que o trabalho irregular de crianças e adolescentes continuam. Após o acidente que tirou a vida da catadora Maria Amélia Ramos da Cruz, 59 anos, os catadores pediram melhores condições de trabalho. Segundo Delival, o Lixão será extinto dentro de dois anos e Samambaia está recebendo um novo aterro. A extinção fortalece as cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis, aptas a participar da coleta seletiva solidária do Distrito Federal, além da geração de emprego e renda.

Serviços: Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop) Telefone/fax: (61) 3321-0320 e-mail: centcoop@gmail.com

Sem tratamento o glaucoma pode causar cegueira

O glaucoma é uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular, que provoca lesões no nervo ótico

A doença ocorre quando há um aumento da pressão intraocular e danos que atinge o nervo óptico, decorrente do aumento dessa pressão. O glaucoma, se não tratado, pode causar a cegueira. Segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), a doença atinge aproximadamente 5% da população. Especialistas alertam sobre a importância das consultas periódicas com o oftalmologista. É importante a pessoa seguir corretamente as orientações médica e usar regularmente a medicação, uma forma de retardar ou impedir a perda da visão.,

"O glaucoma é a terceira maior causa de cegueira no Brasil, atingindo cerca de 1 a 2% da população geral e sua incidência chega a 6% na população com mais de 70 anos de idade", afirma a professora de Oftalmologia da Universidade de Brasília (UNB), Maria Regina Chalita.

Na maioria das vezes o glaucoma é assintomático. Apenas após anos de doença há perda do campo visual, que se inicia na periferia até atingir a área central. Deste modo, a única maneira de se detectar a doença é realizando um exame oftalmológico completo, onde se mede a pressão intra-ocular e exames complementares para avaliar o nervo óptico. Exames complementares também auxiliam no diagnóstico precoce, como por exemplo, o campo visual.

Ela explica que o glaucoma pode ser primário ou secundário. O primário, pode ser dividido em glaucoma de ângulo aberto, de ângulo fechado, congênito ou de pressão normal. O glaucoma secundário ocorre como uma complicação de várias condições médicas como cirurgia ocular, catarata avançada, uveíte ? inflamação da úvea, que é formada pela íris, corpo ciliar e coróide - diabetes ou uso de corticóides.

"O glaucoma congênito é uma doença genética rara que atinge bebês. É bilateral em 80% dos casos. Há um aumento da pressão intra-ocular causando um aumento no tamanho do globo ocular e embaçamento causado por edema de córnea" afirma a médica. O tratamento do glaucoma congênito, diz ela, é essencialmente cirúrgico.

Maria Chalita explica que o objetivo do tratamento é inibir ou desacelerar a progressão de morte de células ganglionares. O tratamento do glaucoma é, na maioria dos casos, clínico, com o uso de colírios que diminuem a pressão intra-ocular. A cirurgia é reservada para alguns casos onde não há resposta satisfatória com o tratamento clínico.

A comerciante Vânia Cardoso, 57 anos, descobriu que tem glaucoma após realizar um exame para troca de óculos há dois anos. "Eu não sentia nada de diferente. Percebi que o glaucoma é uma doença silenciosa. O preço dos colírios indicados para o tratamento não é barato. Uso diariamente dois colírios e uma pomada. Um dos colírios, por exemplo, custa R$ 100 reais, um frasco de 2,5 ml", conta.

Vânia diz que o glaucoma não mudou a rotina diária. Apenas o calor que sente nas vistas, após utilizar o colírio, é o que a incomoda. Ela temia que o problema se repetisse com os filhos. "Incentivo meus filhos a realizarem os exames regularmente. Foi um grande susto quando o oftalmologista me informou. Confesso que fiquei preocupada", finaliza.

,Serviços:

,Maria Regina Chalita, MD

,Centro Brasileiro de Visão ? CBV

,Tel.: (61) 3214-5000

Brasília, um museu a céu aberto

Segundo relatório do Ibram encaminhado pela Secretaria de Cultura, o Distrito Federal conta com mais de 60 espaços que preservam a história

Brasília é a segunda cidade no país com grande número de museus, só perde para São Paulo. Segundo o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) são 66 espaços sediados no DF. A reclamação dos diretores se dá pela falta de recursos e apoio do Governo do Distrito Federal (GDF). Com pontos turísticos concentrados na área central da cidade, registra, também, obras expostas em lugares pouco conhecidos na capital, que podem ser aproveitados tanto por turistas, quanto pela população que busca um passeio cultural diferente.

O Catetinho é conhecido como a primeira residência oficial do presidente Juscelino Kubitschek. O nome é uma referência ao antigo palácio presidencial no Rio de Janeiro - Palácio do Catete. O acervo preserva as referências da época como móveis, objetos pessoais e de trabalho usados por JK, um espaço ambiental, que conserva um olho d?água e um bosque, além de uma estátua de Juscelino. O projeto preserva a estrutura da inauguração, propiciando ao público um testemunho vivo da época. Para a estudante Jennifer Araújo, 22 anos, o local é uma viagem ao passado. "É uma forma de conhecer a história da capital do País", comenta.

Previsto por Lúcio Costa para fazer parte do Setor Cultural Sul de Brasília, o Museu da República ficou pronto quase 50 anos após a inauguração da capital. Com localização privilegiada, o prédio ocupa um dos lugares mais nobres da cidade, a Esplanada dos Ministérios. Com estética moderna e inusitada, possui uma área total de 15 mil metros quadrados, com interior dividido em quatro pavimentos. Apesar da bela estrutura, o museu ainda não tem acervo e funciona como uma galeria de arte, com espaço utilizado apenas para exposições.

Segundo a Secretaria de Cultura o espaço insere Brasília no circuito internacional das artes e mostras, apresentando o que há de melhor na arte brasileira. O museu realiza exposições de artistas renomados e temas importantes para a sociedade, além de palestras, mostra de filmes, seminários e eventos importantes. "O museu tem uma vantagem que é a proximidade com a rodoviária do Plano Piloto, o que facilita para quem usa o transporte coletivo", diz o auxiliar administrativo do museu, Hamilton Leão.

Secult discute projetos para o MAB,

O Museu de Arte de Brasília (MAB) está fechado há quatro anos por determinação do Ministério Público. O acervo abrigava obras de arte moderna e contemporânea, que vão da década de 1950 ao ano de 2001. Uma diversificação de técnicas e materiais, com pinturas, gravuras, desenhos, fotografias, esculturas e objetos provenientes de doações e prêmios aquisitivos de salões locais e nacionais.

O Ministério Público entendeu que o local deva ficar fechado por falta de condições de abrigar o acervo e os funcionários, devido à umidade e infiltrações. Segundo a diretora do museu, Ana Taveira, o secretário de Cultura, Hamilton Pereira reuniu-se com Oscar Niemeyer para tratar da reforma.

"A obra não iniciou ainda e todo o acervo está guardado no Museu Nacional". A diretora informa que 18 das cerca de 80 obras da mostra que acontece no Palácio do Planalto, "Mulheres, Artistas e Brasileiras", foram cedidas pelo MAB. Exposição que reúne o trabalho de 49 artistas, com destaque para duas obras de Tarcila do Amaral: Auto-retrato e Abapuru.

Templo da Boa Vontade (TBV)

É conhecido também como o Templo da Paz. Admirado ainda pela arquitetura arrojada, é considerado a maior construção em forma de pirâmide do século 20 pelo tradicional Diário de Notícias, de Lisboa, Portugal. O monumento possui 21 metros de altura e em seu topo encontra-se aquela que é considerada a maior pedra de cristal puro do mundo, cujo peso é de aproximadamente 21 quilos. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Distrito Federal (SDET), o Templo já recebeu mais de 20 milhões de peregrinos, mais de um milhão de visitantes por ano e foi eleito uma das Sete Maravilhas de Brasília.

Apesar de alguns problemas apresentados, a maioria dos museus estão abertos de segunda a domingo com entrada gratuita ou com valores que vão de R$ 2 à R$ 6 reais para a manutenção do local.

Moradores de Águas Claras sofrem com a falta de infraestrutura

Moradores reclamam do desrespeito das construtoras que sujam as ruas e interditam as poucas calçadas que existem no local

A vigésima região administrativa do Distrito Federal, Águas Claras, começou a ser construída na década de 1990. Antes a região era considerada um bairro de Taguatinga. É considerada a cidade que mais cresce e com o maior empreendimento imobiliário do DF. O local que compreende o Setor Habitacional Arniqueiras, Areal, Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) e uma área central, sofre de vários problemas, dentre eles a falta de calçadas.

Com uma área de 808 hectares, a cidade é considerado o maior canteiro de obras da America Latina. Segundo pesquisa realizada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), Águas Claras abriga cerca de 136 mil moradores, sendo, aproximadamente, 60 mil na região central.

Além da Administração Regional a cidade conta com a Associação de Moradores de Águas Claras (Asmac), mesmo assim a população reclama. O militar, Jones Madruga de Souza é um exemplo. Morador da cidade há 10 anos, diz a administração local deixa a desejar. "Como morador, não percebo a existência desse órgão, que deveria trabalhar para tornar digna a nossa condição de cidadãos. Pagamos impostos, mas não temos retorno desse dinheiro", opina.

Segundo Jones, a cidade é um exemplo perfeito da má administração no DF. Além da especulação imobiliária desenfreada, os moradores sofrem com as construtoras que avançam cercados, impedem as passagens, interditam as ruas em horário de pico, além das betoneiras que derramam concreto nas pistas.

Para ele as construtoras são as proprietárias do espaço público e não dão a mínima para questões como limpeza e segurança. "Em breve faltarão vagas para os carros pararem e também andarem. E as calçadas vão ficando por último obrigando os moradores a caminharem pela rua. Um verdadeiro desrespeito" finaliza.

Para a universitária Alessandra Fonseca andar a pé em Águas Claras é um problema. "Devido à expansão das obras, só encontramos calçadas próximo aos prédios. Isso porque as construtoras colocam para facilitar o acesso dos funcionários", diz a estudante que ressalva temer andar próximo as construções, pois a grande maioria deixam áreas de escavações abertas e sem proteção de cercas.

Procurado pela equipe do Na Prática o administrador de Águas Claras respondeu, por meio da assessoria, que a cidade cresceu desordenadamente e a administração não tem autonomia para resolver a questão. Existem projetos que não são executados, pois conta com a parceria da Secretaria de Obras e da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). O Secretario de Obras, também por meio da assessoria, informou que o assunto deve ser tratado com a Secretaria de Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente. Até o fechamento dessa edição, não atendeu as solicitações da equipe.

Estudante de psicologia ensina fotografia para deficientes visuais

O curso estimula o aluno, por meio da máquina fotográfica, passar para o papel a forma como ele enxerga o mundo

Por Márcia Casali

O projeto “olhar interior: fotografando com a alma” oferece curso de fotografia para deficientes visuais, há oito meses. O trabalho é feito de forma voluntária pelo empresário e estudante de psicologia Sidraque Ribeiro Rocha e pelo fotógrafo e amigo Edmar Gonçalves, da escola de fotografia 4ª Eclipse, que também desenvolve projetos sociais com crianças da Estrutural. Uma maneira de aliar capacitação técnica e inclusão social para pessoas com limitações físicas.

A ideia do projeto surgiu durante uma aula de psicologia para pessoas com deficiência física. Sidraque, que já tinha em mente um trabalho solidário se mobilizou ao assistir Janelas da Alma, um documentário onde artistas, intelectuais e pessoas comuns discutem questões do ver e da visão. Chamou a atenção a forma como o filme recorre à música, literatura e filosofia para explicar a subjetividade do sentido elementar para a fotografia.

Todo material utilizado é pago pelos professores. Dos equipamentos ao transporte que leva os alunos a campo, além do material para impressão das fotos. Para Sidraque todo esforço vale a pena. “É uma forma de mostrar que é possível fazer alguma coisa e não apenas cruzar os braços diante das dificuldades”, diz. Por isso, ele busca patrocínio para melhorar o equipamento e profissionalizar o curso.

O curso - As reuniões acontecem na Biblioteca Braille Dorina Nowill, em Taguatinga. São 24 encontros e três etapas. A primeira turma encerrou com cerca de 500 fotografias em arquivo. Na primeira etapa os alunos aprendem fundamentos básicos de como utilizar uma máquina, mexer com foco, ISO – que na fotografia digital mede a sensibilidade do sensor de imagem - diafragma e obturador.

Na segunda etapa os alunos fazem exercícios para aperfeiçoar a noção de enquadramento. Para treinar o nivelamento do equipamento o exercício utilizado é equilibrar uma bolinha na bandeja. Há um debate onde os alunos discutem mitos como o da caverna, de Platão, conceitos de percepção e outros sentidos. Por fim, saem a campo para testar vários ambientes. Eles visitam lanchonetes, pizzarias, área rural e o Teatro Nacional. “O objetivo é praticar o que aprenderam em sala”, diz Edmar.

Com as aulas práticas os alunos usam os sentidos para se guiarem. Os professores buscam trabalhar a percepção do mundo a partir do tato, audição, olfato e paladar. “É uma troca de experiência onde procuro identificar quais as particularidades de cada aluno e como ele consegue perceber e reconhecer o ambiente ao redor”, explica Sidraque. Para ele cada pessoa tem limitações, mas consegue superá-las, basta acreditar.

Para a funcionária da Biblioteca Braille e ex-aluna do olhar interior, Neuma Pereira, 58 anos, o curso foi uma experiência gratificante. Ela explica que aprendeu as técnicas de como fotografar um objeto ou uma pessoa utilizando o toque. Além do manuseio da câmera, como encontrar o ângulo, abertura de diafragma e foco de luz. Outra técnica utilizada é encostar a máquina na pessoa a ser fotografada e dar alguns passos para trás. “Para quem tem deficiência visual não é algo tão fácil, mas é possível. Estou muito feliz, não só eu, mas todo o grupo aprendeu a fotografar, diz Neuma.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Surge oxi uma nova droga

O Distrito Federal apreende as primerias pedras de oxi no dia 13 de janeiro de 2011. De acordo com a polícia a droga é mais destruidora do que o crack, sendo um derivado do crack no qual é adicionado cal e querosene.
Segundo o delegado Hailton Cunha, titular da 24ª DP (Setor O), a expectativa de vida de um usuário da nova droga é de apenas oito meses pois a droga é cinco vezes pior que o crack.
O usuário fica em torno de 30 horas sob o efeito da droga.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Vale a pena conhecer e divulgar...

http://www.jipeirosdecristo.com.br/

Decisão do Brasil sobre caças sai 'em três ou quatro meses', diz governo francês

DA FRANCE PRESSE, EM PARIS

A decisão brasileira sobre a eventual compra de aviões de combate franceses Rafale deverá ser anunciada "em três ou quatro meses" pelo governo da presidente Dilma Rousseff, anunciou nesta quarta-feira o ministério da Defesa da França.

Dilma, que sucedeu Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência, vai se pronunciar sobre a aquisição de 36 caças, destinados a modernizar a frota da Aeronáutica brasileira.

Do lado francês, estima-se que as mudanças políticas no Brasil e as prioridades do orçamento da presidente não são de natureza a causar prejuízos ao Rafale, em relação a seus concorrentes, e espera-se "boas notícias para o ano que vem".

O ministro da Defesa, Alain Juppé, conversou sobre o assunto sábado, em Brasília, com os titulares da Defesa e das Relações Exteriores. "Acho que podemos ficar confiantes", declarou ele ontem, recusando-se, no entanto, a fazer anúncios de fatos "antes que sejam decididos".

O Rafale, da Dassault, está em competição com o F-18 Super Hornet, da americana Boeing, e o Gripen NG, da sueca Saab, num mercado avaliado entre US$ 4 e 7 bilhões.

Além disso, conversações sobre a venda do Rafale foram retomadas com Abu Dhabi, após o encontro de meados de dezembro, em Paris, entre o presidente Nicolas Sarkozy, o príncipe herdeiro, xeque Mohamed bin Zayed Al Nahyan, e o ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos.

A França e os Emirados negociam desde 2008 a venda de 60 caças construídos pela Dassault.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Agora é a vez da era Dilma Rousseff

Em emocionante evento Dilma Rousseff toma posse da Presidência da República.
Alguém me perguntou: "O que teve de emocionante?"
Eu digo para todos que perguntam a mesma coisa: 'É UM MOMENTO HISTÓRICO!!!!!"
Nosso país passou por grandes lutas. Quantos morreram tentando ver o que vivemos hoje. O governo Lula serviu para mostrar ao mundo que o Brasil não é só futebol, carnaval e mulheres nuas, nós somos uma potência.
Que Dilma não envergonhe seus eleitores, mesmo tendo ao lado um coadjuvante como vice.
Não é porque votei em outra candidata que vou desejar que esse governo seja ruim. Venho de uma família que acreditam no país, acreditam em dias melhores e desejar a derrota desse governo é desejar o pior para aqueles que tanto amo.
Antes de tudo somos brasileiros, pense nisso.