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terça-feira, 3 de abril de 2012

Aulas de boas maneiras e etiqueta social, não são coisas do passado

Alguns hábitos podem ser aceitos dentro de casa, mas na sociedade é necessário um comportamento diferenciado. Algumas regras de etiqueta fazem toda diferença se executadas de maneira correta

Por Márcia Casali

Para quem acha que aulas de etiqueta é coisa do passado, se engana. Conhecer a forma de se portar bem em qualquer situação, não tem preço. Em cada fase da vida é possível aprender conceitos relacionados à educação e etiqueta sócia, e principalmente, saber utilizá-los de acordo com os desejos e interesses. Alguns detalhes básicos, bem realizados, causam uma boa impressão, é o que explica especialistas na área. Usar copos e talheres a mesa, ouvir sem interromper quem está com a palavra, evitar palavrões e exageros nas roupas, evita situações constrangedoras. Hábitos que fazem toda a diferença são os cuidados com os dejetos do animal de estimação sempre que o leva à rua, além da discrição nas redes sociais. Usar o bom senso nos assuntos postados, evitar fotografias comprometedoras ou de amigos sem a devida autorização, discussões de namorados e informações pessoais, são cuidados que bem administrados, pode evita problemas, tanto na vida pessoal, quanto profissionais.

AJUDA PROFISSIONAL

A empresária Anna Paula Ramalho, conta que criou o curso Fashion Teen, com o objetivo de trazer alguns valores que estão esquecidos na sociedade, como: educação, força de vontade, atitude, autoestima e respeito. Ela viu na moda, um fio condutor para levar esses valores para os adolescentes. De acordo Anna Paula, o curso é dividido em etapas, onde inicia com dicas de como se vestir, estilo, consultoria de imagem, comportamento e etiqueta, lecionada por Sílvia Seabra, consultora em etiqueta. “Para entender sobre moda é necessário ser moda em essência e valores”, comenta. Na segunda etapa, os alunos discutem sobre a história da moda e aprendem a criar e desenhar as próprias roupas. São oficinas de customização, costura, trabalhos manuais e desenvolvimento de coleção. Segundo a empresária, é um momento de quebrar desafios e acreditar que é possível conseguir, ir além e se orgulhar de suas criações, afinal: "Um sonho sem ação é só um sonho, agora um sonho com uma ação pode mudar o mundo". Ao final do curso, os alunos apresentam um projeto final, onde eles desenvolvem uma coleção, e esta é apresentada em um desfile.

APÓS O CURSO

A etiqueta deixou de ser coisa do passado e está voltando, conquistando meninas cada vez mais novas. Pensando no futuro da filha Paula, 12 anos, a administradora Julia Rodrigues Gontijo, conheceu o curso por meio de uma amiga de escola da filha. Julia temia colocar a menina em um ambiente que não valorizasse o verdadeiro sentido da vida. “Com o curso, ela mostrou grande interesse pela história da moda. Nas férias, assistimos vários filmes sobre Chanel e aprendemos juntas, coisas muito interessantes sobre a 2ª guerra mundial”, diz.

Segundo Paula, o curso de etiqueta mudou alguns comportamentos e trouxe grandes aprendizados como andar com elegância, por a mesa corretamente, aprender novas tendências e até montar um negócio passo a passo. “Acredito que é importante eu ter o meu próprio estilo e nunca copiar o de outra pessoa”, comenta.

Quem também participa dos cursos e aprova, é a bailarina Juliana Faria, 14 anos. A menina comenta que o curso é uma forma de expressar as ideias e pensamentos, por meio de desenhos e estilo. Ela confessa que antigamente não via o curso de etiqueta, como algo útil. Opinião essa que mudou nas primeiras aulas. “Achei muito interessante, Aprendi coisas novas e importantes para me destacar entre as pessoas, sendo educada, compenetrada e sociável”, admite. De acordo com a mãe, a empresária Lina Almendra, o comportamento da filha mudou muito, principalmente a forma de comportar perante as pessoas, o que a tornou mais sociável. A empresária acredita que o curso é uma forma de ensinar novos valores para nossas crianças e adolescentes. “Na minha época de ensino fundamental, o curso de etiqueta fazia parte do currículo escolar”, lembra.

Para o bom andamento do curso, Anna Paula destaca que tudo começa com um faz de conta. Brincando, as meninas simulam uma visita e se comportam como convidadas e anfitriãs. Naturalmente a professora vai ajustando, corrigindo postura e maneiras de agir. Aprender desde cedo, torna as atitudes mais espontâneas o que facilita o bom comportamento no meio social e porque não, no meio familiar.

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