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terça-feira, 3 de abril de 2012

UMA DATA MARCADA POR GRANDES CONQUISTAS

Cada vez mais as mulheres ocupam posições de destaque na sociedade realizando com competência, tarefas antes ocupadas apenas por homens

Por: Márcia Casali

A luta da mulher em busca de respeito por sua dignidade pessoal, profissional e social é longa. Em 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, cansadas do sistema desumano de trabalho, com jornadas de até dezesseis horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais, entraram em greve. Era a primeira greve conduzida somente por mulheres norte-americanas. Reprimidas de forma violenta pela polícia e donos da empresa, cerca de 130 operárias foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada matando todas elas. No ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, o dia 8 de março passou a ser considerado o “Dia Internacional da Mulher”. Em 1975, um decreto oficializou a data pela Organização das Nações Unidas (ONU), a partir de então a data é comemorada em todo o mundo em homenagem as mulheres.

Na antiguidade a mulher era vista simplesmente como reprodutora. No mercado de trabalho sempre exercia papéis de menor relevância, ganhando salários inferiores aos homens. No século 21 a posição da mulher na sociedade vem sofrendo grandes transformações no contexto mundial. Não há mais restrições e a mulher chegou à direção de uma nação. É o caso de Dilma Rousseff, a primeira mulher a ocupar a Presidência da República no Brasil. Ela foi eleita com 56,1% dos votos válidos, totalizando 56 milhões de votos. Em seu primeiro mês de governo, Dilma faz um balanço e afirma que foi de muito trabalho, mas que é a indicação do que virá pela frente. Ela aproveitou para anunciar uma novidade na área de saúde. Um acordo entre o governo e o setor farmacêutico, segundo o Ministério da Saúde, possibilitou que cerca de 900 mil hipertensos e diabéticos, sejam beneficiados com medicamentos de graça, com o programa Aqui Tem Farmácia Popular.

UMA NOVA SECRETARIA

A criação da Secretaria de Estado da Mulher tem como responsabilidade formar e implementar políticas para as mulheres, protegendo e garantindo os seus direitos. Com mestrado e doutorado em Políticas Públicas e Gestão da Educação na Universidade de Brasília - UnB, Olgamir Amâncio Ferreira está na direção da Secretaria e reafirma a sua luta pela emancipação das mulheres na Capital. “A secretaria precisa articular com as demais escalas de governo, ou seja, com as outras secretarias. Estamos priorizando algumas áreas de trabalho como o rendimento da geração de emprego e renda, educação, saúde e combate a violência”, informa. Olgamir é filha de uma professora primária, dona Oterlina, 84 anos, e fez desta profissão uma opção de vida. “A emancipação das mulheres passa, também, pelo seu empoderamento, pela sua participação na gestão pública, pois como afirma a nossa presidente Dilma: a mulher pode!” finaliza. A nova Secretaria tem o apoio da União Brasileira de Mulheres – UBM, fundada em 1988 é uma entidade sem fins lucrativos, de caráter nacional, que defende os direitos e reivindicações das mulheres. Elza Maria Campos é coordenadora nacional da UBM e desde o seu surgimento está ao lado da secretária Olgamir. “A UBM luta para que as mulheres façam suas escolhas, na vida pessoal e política, ou seja, no espaço privado e no público. Com alegria desejamos que a Secretaria fortaleça o processo de efetivação das políticas públicas”. A cada três anos são realizados congressos que elegem a direção da Entidade, além das delegadas que as representaram no Congresso Nacional, explica a coordenadora.

GRANDES MULHERES

Para a editora e âncora do Jornal do SBT Segunda Edição, Williane Rodrigues, 30 anos, o Dia Internacional da Mulher há muito tempo perdeu o sentido inicial, da luta das mulheres por igualdade e por melhores condições de trabalho. “Hoje conquistamos parte disso, mas a data está banalizada”, explica. Comunicativa, com quase nove anos de carreira, Willi, como é conhecida entre os amigos e no meio profissional, tornou-se referência e exerce grande influência em sua área de atuação. Ela afirma que o jornalismo não é apenas um ofício, mas um prazer o qual faz questão de cultivar, pois é maravilhoso representar o cidadão diante do Estado, diante das autoridades e cobrar melhorias, cobrar dignidade. Tendo os pais como exemplo de vida, agradece pela formação de seu caráter e por ensiná-la a lutar. Ela acredita que tem vivido para o trabalho e faz planos para formar uma família. “Posso dizer que sou uma mulher realizada, mas ainda tenho muito a conquistar. Penso em formar uma família e ter uns três filhos”, comenta.

Há mais de seis anos na administração de uma multinacional que atua na área de softwares e gestão de TI, Inglid Cardoso, 28 anos, mãe de Caio e Sarah, de 4 e 6 anos, acredita que a felicidade é fazer o que gosta, como malhar e estar ao lado das crianças. “Meus filhos são tudo para mim, não há um momento em que eu fique só. Agora não é somente eu e sim eles, que são prioridade em minha vida”. O Dia da Mulher, segundo Inglid, é uma comemoração diária e não apenas em um determinado dia do ano. Para ela um grande orgulho são seus pais, Pedro e Vânia. “Eles são um exemplo, pois tendo seus filhos ainda fizeram a proeza de me aceitar em suas vidas. Meus pais não precisavam fazer isso, pois já tinham um bebê da mesma idade que a minha e mesmo assim quiseram me criar. Tenho um eterno agradecimento a eles”, conclui. Quem também merece destaque pela trajetória pessoal e profissional vencendo as lutas e não desistindo diante de barreiras que surgem pelo caminho, são as gêmeas Roberta e Renata Souza, 29 anos. Atitudes tornam uma mulher vencedora e para as irmãs um grande exemplo é a mãe Ana Maria de Souza, 49 anos, que sozinha criou três filhos. “Nunca vi minha mãe se abater com problemas. Ela sempre demonstrou força e coragem e nos ensinou grandes valores na vida”, comenta Roberta. Já Renata afirma que se um dia for semelhante à Ana Maria como pessoa e mãe, com certeza, será uma grande mulher. Além do visual, as gêmeas têm em comum o desejo de ser mãe. Estudante de Administração, Renata ficou grávida de gêmeas. Foram cinco meses de muita alegria e planos. A gravidez foi interrompida, mas Renata garante que o fato só fortaleceu o seu sonho. “Estou planejando engravidar e dessa vez será de trigêmeos”, comemora. Para Roberta, além da maternidade outra realização é a vida profissional. “Meu objetivo é abrir minha clínica de fisioterapia. Vou estudar e serei uma grande profissional na área”, afirma.

UM EXEMPLO NA CAPITAL

O IESB nasceu de um sonho e seu sucesso é resultado de muito trabalho, batalhas e conquistas. Desde a sua criação o IESB é comandado pela professora Eda Coutinho Barbosa Machado de Souza que sem medo de errar enfrentou os desafios com coragem e muito talento para os negócios. Segundo Eda, o Dia Internacional da Mulher representa o desempenho da mulher em seu papel importantíssimo na sociedade, capaz de mudar os valores tradicionais e preconceituosos que existiam no passado. Formada em Biblioteconomia pela Pontifica Universidade Católica de Campinas e em Pedagogia pela Universidade de Brasília, é Doutora pela universidade Estadual da Pensilvânia e Pós-doutora em Educação pelo Max-Planck, Berlin. “O IESB se consolidou como uma faculdade criativa, inovadora e ousada. É conhecida como uma faculdade onde a teoria e a prática caminham juntas”. Em 1998 professora Eda assumiu a direção-geral da faculdade e formou uma equipe séria e competente de coordenadores, professores e assessores, que pudessem colocar em prática a proposta pedagógica com metodologias inovadoras. Em seus treze anos de história o IESB formou mais de nove mil alunos, nos cursos de graduação e pós-graduação. “O futuro do IESB será o resultado de um sonho coletivo, tornando-se realidade dia-a-dia”, finaliza.

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